Vinte e cinco dias se passaram desde a estreia formal.
Com atuações que oscilaram entre o regular e o bom, Ronaldinho vinha com média razoável. Mas como é próprio dos jogadores extra-série, os “deuses do futebol” guardaram seu melhor para o momento decisivo.
E com um chute de alta categoria, digno da camisa que vestia, R10 decidiu a Taça Guanabara. Para os mais rigorosos, enfim a “estreia” do craque. Literalmente, com o pé direito.
Mas a conquista do invicto Flamengo tem muito mais a ver com ele do que sugere o solitário gol da decisão.
No fator extra-campo, até agora Ronaldinho trouxe apenas o lado bom dos grandes astros.
Como qualquer grande craque, ganha muito mais do que os companheiros de clube. Mas segue a rigor a cartilha ensinada por Zico. Aquela, de que privilégio tem que ser só no contra-cheque.
E R10, segundo muitas testemunhas, é primeiro a chegar e último a sair nos treinos. Não falta. Não se acha melhor que ninguém. Não se esconde na noite, porque corre igual ou mais que os outros… E não se machuca.
Enfim, não causa ciúmes, porque tem comportamento legítimo de agregador.
A postura de R10 uniu o Flamengo. Que ainda não é brilhante, mas já dá sinais de maturidade e tem cara de time, luta junto até o fim.
Na decisão, foi aplicado e superior ao bem organizado adversário durante os 90 minutos. Atacou mais, pressionou, não desistiu.
Talvez não fosse o suficiente. Talvez faltasse algo decisivo para sair vencedor.
Mas não faltou.
Ronaldinho Gaúcho estava lá.
E desta vez, encarnando em campo o ídolo que imortalizou a 10 rubro-negra, pareceu homenageá-lo com uma cobrança mortal.
Saudosismo, raça, amor e paixão. Para felicidade geral da ‘nação’, um título com a cara do Flamengo.
Com Ronaldinho, à la Zico.
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